Moro vira sonho de consumo do União Brasil

A ida para o União Brasil, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprove a fusão das siglas, poderia ser interessante para os objetivos eleitorais de Moro

Foto: Evaristo Sa/AFP

Pré-candidato à Presidência da República, o ex-ministro Sergio Moro virou sonho de consumo do União Brasil — fusão do DEM com o PSL — para a corrida ao Planalto. Filiado ao Podemos desde 10 de novembro do ano passado, o ex-juiz e seu partido vêm encontrando dificuldades para fazer o nome dele decolar e para costurar acordos por palanques eleitorais nos estados.

A ida para o União Brasil, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprove a fusão das siglas, poderia ser interessante para os objetivos eleitorais de Moro, segundo avaliam políticos da legenda em formação. O novo superpartido contará com R$ 1 bilhão do fundo eleitoral e tem boa entrada em palanques estaduais.

Além de mais recursos para investir na campanha, Moro teria mais tempo de propaganda na tevê e no rádio. Dessa forma, em tese, haveria condições de ele tentar romper a polarização Lula/Bolsonaro. Ele, inclusive, é o pré-candidato que mais se encaixa no perfil “antibolsolula”.

O eventual acordo incluiria o Podemos. A chapa seria formada por Moro, como candidato à Presidência pelo União Brasil, e pela deputada federal Renata Abreu (SP), como vice, pelo Podemos. 

A possibilidade é vista com otimismo na bancada pró-Moro dentro do União Brasil. O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), por exemplo, entende que o ex-juiz é o candidato da terceira via com mais chance de tirar Bolsonaro do segundo turno e derrotar Lula. “É um nome que tem a simpatia de dirigentes e políticos do partido. A gente precisa fazer um esforço para que o país possa reencontrar o caminho do sucesso e achar uma alternativa que seja a melhor solução, não a menos pior”, argumentou. “Eu tenho defendido a candidatura dele desde que se colocou como um possível pré-candidato. Moro defende as nossas pautas, nossas bandeiras, que pensamos em 2018 e, infelizmente, o governo Bolsonaro não nos entregou”, acrescentou.

Do lado do Podemos, não há tanta empolgação. O senador Oriovisto Guimarães (SC) disse que os dois partidos têm boa relação, mas descartou a possibilidade de Moro trocar de sigla. “Não tem cabimento. O Podemos tem boa relação com União Brasil, provavelmente eles vão indicar um vice para Moro, possivelmente em abril. O resto é especulação”, sustentou o vice-líder do Podemos no Senado Federal.

Fonte: Correio Braziliense

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